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27 de jan. de 2014

Presidente da Caloi afirma ser contrário à redução de IPI para bicicletas

Em sua coluna Opinião, na revista Bicycle Online, o diretor de redação Eduardo Santos relata um diálogo entre o presidente da Caloi (na verdade, da Cannondale Sports Unlimited Brasil), Eduardo Musa, e o deputado federal Arnaldo Faria de Sá, que esteve no evento e percorreu diversos estandes. Na conversa, Musa teria afirmado ao deputado ser contrário ao movimento que pede redução de carga tributária para bicicletas no Brasil, ameaçando até transferir sua produção de bicicletas para a China caso a medida seja adotada (algo que considero muito difícil acontecer).
Musa também acumula os cargos de diretor da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e similares) e do Simefre (sindicato que representa a indústria de materiais e equipamentos ferroviários, rodoviários e de duas rodas). Em agosto de 2013, a canadense Cannondale Sports Unlimited, um segmento da Dorel Industries Inc., adquiriu 70% da a fabricante brasileira de bicicletas Caloi. O então CEO da Caloi, Eduardo Musa, tornou-se Presidente da Cannondale Sports Unlimited Brasil. Saiba mais.
No momento da compra, a Caloi detinha cerca de 40% do mercado nacional, segundo dados divulgados pela própria empresa. Sua fábrica em Manaus, que já era a maior fora do Sudeste Asiático, se tornou responsável por produzir, além de bicicletas Caloi, marcas como Cannondale, Schwinn, Mongoose e GT, para atender não apenas o mercado brasileiro mas também o mercado mundial por meio de exportações.

Vantagem competitiva

Em 2011, a Caloi já havia se posicionado favorável ao aumento da alíquota de imposto de importação de bicicletas, que em setembro daquele ano subiu de 20% para 35% por decisão do Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. “Essa decisão representa uma significativa vitória para o País e para a indústria nacional, já que a medida aprovada colabora para a preservação da produção brasileira, para a geração de empregos e para a segurança do consumidor”, justificou a empresa em nota.
Além da vantagem conseguida contra os importados com esse aumento de alíquota, a Caloi/Cannondale tem hoje uma vantagem competitiva também sobre os concorrentes nacionais. Por serem fabricados na Zona Franca de Manaus, seus produtos recebem isenções de ICMS, IPI, PIS e COFINS, que não beneficiam fabricantes menores em outras localidades – por isso o interesse em que a tributação continue como está.
Mas reduzir os impostos para as bicicletas, que hoje sofrem maior tributação que os automóveis, aumentaria as vendas, que vêm se reduzindo nos últimos anos, aumentando consequentemente a arrecadação – além de deixá-las mais baratas. Beneficíos para o país e para os consumidores. Entenda a questão aqui.

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