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18 de jul. de 2014

Bicicleta 27,5 no Brasil

O MTB está passando por uma fase de experimentação com relação ao tamanho das rodas. Se considerarmos que ele foi a última grande revolução da bicicleta e, portanto, sua história é muito recente, toda essa discussão em busca de uma medida ideal do conjunto de rodas é natural e válida. Depois da ampla aceitação das bicicletas 29, depois da hegemonia das 26, muito tem se falado das bikes 27,5. Conversamos com lojistas e distribuidores no Brasil para sentir como o mercado brasileiro está recebendo a novidade. Alguns ainda não comercializam as 27,5, outros apostam que o novo padrão em breve vai superar as vendas das 29, mas todos são unânimes em um ponto: as tradicionais 26 estão perdendo mercado!

Em 2012, a feira brasileira do mercado de bicicleta Brasil Cycle Fair teve como grande atração a introdução de diversos modelos de bicicletas com aro 650B, que se convencionou chamar de 27,5. Naquela ocasião também foram apresentados protótipos de acessórios como suspensão, modelos de rodas e pneus exclusivos para essas bikes.
As vitórias do suíço Nino Schurter no mundial de Cross- country em 2012 e 2013 com sua Scott 27,5 fizeram com que muitos apontassem esse padrão como tendência para um melhor desempenho.
Assim como aconteceu com as bikes 29, muitas discussões envolvendo as vantagens e desvantagens das 27,5 foram levantadas. Alguns ficam ansiosos por testar a novidade, outros acham que tudo não passa de um jogo de mercado para aumentar o consumo. Se considerarmos que muitos ciclistas convertem suas bikes 26 para rodar com rodas 27,5, a produção em linha dessas bicicletas pelas grandes empresas vem para suprir uma demanda existente, real. Seja como for, esse período de experimentação pelo qual as MTBs estão passando é interessante e pode render progressos e descobertas que tragam melhorias. 
Muita coisa ainda vai rolar até esse novo padrão ganhar – ou não – adeptos ao redor do mundo. Para saber como anda a demanda pelas bikes 27,5 no Brasil, conversamos com algumas empresas e bicicletarias, que nos deram uma visão geral sobre o mercado da tradicional bike 26, da já consolidada 29 e da entrada das 27,5 em terras tupiniquins.

Depoimentos

Neyfe Fauza Machado
administrador da Bike Tech Itaim, de São Paulo - SP
Bike 26: realmente já perderam muito terreno para as bikes 29, porém, nós não acreditamos que elas acabem sumindo. Elas sempre vão ter lugar garantido no mercado em geral. Em se tratando de mountain bikes, o interesse maior pelas rodas grandes é uma realidade incontestável há pelo menos três anos, especialmente por quem realmente pratica trilha regularmente. Já para o consumidor que compra uma mountain bike sem fins competitivos, esse detalhe do tamanho do pneu se mostra bem menos importante ou decisivo no momento da escolha. Iniciantes, entusiastas ou ciclistas urbanos não vem com uma ideia fixa sobre isso e decidem na hora.
Bike 29: As pessoas que já são mais inteiradas na prática do MTB, na maioria, procuram pelas 29. É um sucesso incontestável a nível mundial. Para quem vem de pedaladas com road bikes ou bikes urbanas, sua cadência tem muita harmonia, por terem rodas com medidas semelhantes.
Bike 27,5: Em nossa loja, ainda não tivemos procura pelas 27,5, portanto, logo desistimos de tê-las em estoque para pronta entrega. Ainda é precoce afirmar algo, mas as bikes 27,5 ainda não conseguiram chegar nem perto das 29.
Hilário Rocha
gerente comercial da Twins Bike Shop Ltda, de Blumenau - SC
Bike 26: De fato, baixou bastante a procura por bikes aro 26, mas acredito que elas vão permanecer ainda por um bom espaço de tempo no mercado pela facilidade e custo das peças de manutenção e mesmo pela quantidade de bicicletas de aro 26 já existentes no mercado.
Bike 29: A procura é crescente pela 29. Em nossa loja, aproximadamente 50% da procura é por 29, seguida de 30% pelas bikes 26 e 20% por outras bikes. Isso se deve à expectativa que todo usuário que já passou pela 26 criou em função do forte marketing que se criou em torno do conceito e também por que ninguém quer ficar fora da moda. É uma realidade que chegou muito rápido ao país e vem tomando conta pela sua facilidade de uso, manutenção da velocidade final e principalmente pelo conforto gerado sem ser uma full suspension, com o peso e custo reduzido. Apesar disso, para algumas pessoas as bikes 29 ainda parecem estranhas, por talvez serem conservadoras na aceitação da mesma, desconfiando da continuidade do processo, outras pela sua estatura que ficaria desproporcional. Há também aquelas pessoas que fizeram os seus testes e chegaram à conclusão de que a boa e velha 26 ainda é uma boa opção.
Bike 27,5: Ainda é bastante cedo para falar, mas acreditamos que será uma boa opção para All Mountain. Ainda não tivemos procura pelas mesmas e para os clientes que oferecemos, eles preferiram ficar com a 26 ou partir logo para a 29.
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Sey Goto
proprietário da Fuji Bike, de Campinas – SP
Bike 26: Há fortes indícios de queda na comercialização de bikes aro 26, especialmente as médias e high end. Essa tendência é fácil de perceber na linha de produtos dos grandes fabricantes mundiais. A 26 ainda tem maior demanda devido ao preço ainda ser melhor e pela maior diversidade de opções de peças e componentes. Por isso, elas ainda são as melhores opções, especialmente na linha de entrada.
Bike 29: As 29 já são uma realidade, mas devido a faixa de preço maior, acabam tendo menor demanda. Continuará a ser uma excelente opção para usuários de bikes de Endurance e para ciclistas de porte avantajado.
Bike 27,5: Nós já comercializamos bikes 27,5 e pretendemos aumentar a oferta em 2014. Elas caminham para o que foi a bike 29 em 2012 e 2013, e a expectativa é que ela vai dividir esse mercado já em 2014, devido às suas qualidades próximas de uma 29, com peso e agilidade próximos de uma 26.
Claudio Santos
diretor da Bicicletas Amazonas, de Niterói – RJ
Bike 26: As 26 ainda estão em primeiro lugar nas vendas, mas vêm em queda acentuada. Elas perderam muito mercado nos últimos dois anos para as 29. Elas são mais ágeis e ótimas para circuito travado.
Bike 29: Já são uma realidade, principalmente no estradão, para maratonas. Possuem uma velocidade constante superior, com um rendimento excelente em trechos de asfalto, no uso para cicloturismo.
Bike 27,5: Já vendemos algumas e elas estão começando a engrenar. Nossa expectativa é um aquecimento deste mercado para 2014, superando, quem sabe, as bikes 26 em alguns anos.
José Marcos Silveira
proprietário da Multibike Bicicletas, de Ribeirão Preto – SP
Bike 26: A queda nas vendas das bikes 26 já vem acontecendo há dois anos, devido à evolução da tecnologia e da engenharia ligada ao movimento das bikes 29, que andam muito mais no plano e são mais seguras nas descidas. De qualquer forma, as bikes 26 sempre terão mercado de entrada de baixo custo.
Bike 29: É uma realidade há mais de quatro anos no mundo, e há cerca de dois anos no Brasil. Seguirá liderando o mercado de bikes novas e seminovas e certamente vencerá as principais competições no próximo ano.
Bike 27,5: Acredito que essas bikes terão uma participação bem modesta no mercado.
Gustavo Trindade
sócio da Ciclogiro Bicicletas e Acessórios, de Belo Horizonte – MG
Bike 26: Dominou o MTB por décadas e impulsionou a indústria para esse padrão. Há pouco tempo esse reinado chegou ao fim com as novas opções de aros maiores e suas indiscutíveis vantagens. Deveremos ver bikes 26 ainda um bom tempo pela própria inércia de um produto no mercado há tanto tempo, porém, cada vez com menos lançamentos e novidades. No futuro acreditamos que só veremos novas bikes 26 em se tratando de bikes básicas e simples voltadas para o lazer. Alguns dos principais fabricantes mundiais abandonaram de vez a fabricação de bikes 26 já para 2014.
Bike 29: Revolucionou a indústria do MTB introduzindo um novo padrão que foi aceito pelo mercado de forma indiscutível. Desde que foram lançadas há alguns anos, o crescente desenvolvimento das bikes 29 evidenciou as vantagens de uma roda maior para uso no MTB. Hoje esse padrão é tão aceito que todos os fabricantes de alto nível oferecem inúmeros modelos ao consumidor. Ainda é o aro preferido da maioria dos ciclistas de XC. Em nossa loja temos uma demanda praticamente equilibrada entre bikes 26 e 29, mas ao se tratar de bikes de nível melhor, a procura é bem mais acentuada para as aro 29.
Bike 27,5: O mercado brasileiro ainda demora certo tempo para aceitar as novidades vindas do exterior. Muitas pessoas ainda se perguntam qual a melhor opção para elas ou se essa novidade ‘vai pegar’. Foi assim com as bikes 29 e hoje elas são uma verdadeira febre. A verdade é que quando essas novidades realmente chegam no Brasil, elas já são uma realidade lá fora. Acreditando nisso e buscando entender a necessidade de uso de cada pessoa, temos bikes 26, 27,5 e 29 a pronta entrega em nossa loja. E mais cedo ou mais tarde será inevitável a venda cada vez maior das 27,5, pois o benefício da nova tecnologia é indiscutível. Temos inúmeras opções e estilos de bikes 27,5 para Cross-country, e em breve teremos modelos full suspension para All Mountain. Como as bikes 29 claramente não eram a melhor opção para bikes com maior curso de suspensão, as bikes 27,5 rapidamente viraram preferência de diversos ciclistas e fabricantes, por unir o melhor dos dois mundos (26 e 29): a aceleração e baixo peso das bikes aro 26 e a melhor área de contato, momento de inércia e facilidade de superar obstáculos das aro 29. Hoje, além de lançamentos para All Mountain, Freeride e até DH, as aro 27,5 também entram forte na concorrência das bikes voltadas para o XC, sendo a preferência de muitos ciclistas que não se adaptaram bem às 29. Esses novos modelos começam a aguçar a curiosidade do consumidor e já temos algumas unidades vendidas. A tendência é que esse número cresça bastante.
Marcos Huskes
gestor administrativo da Happy Bike, de Blumenau – SC
Bike 26: Essas bicicletas estão com o mercado restrito a modelos mais simples, para passeio e recreação. As bikes 26 ainda vão vender muito pelo fato de serem muito populares e de fácil acesso a componentes. Por isso, não as vejo desaparecendo das lojas e uma grande parte dos ciclistas que começam, querem ter uma bike mais simples para iniciar no esporte. Há também o ciclista que não tem pretensão de possuir uma bicicleta mais sofisticada, sem se importar muito com tendências e tecnologias avançadas.
Bike 29: Estão dominando o mercado das mountain bikes mais sofisticadas. Elas são largamente utilizadas por um perfil de ciclista mais exigente e crítico. A 29 é para quem está antenado às novidades e procura algo diferente e inovador na esperança de ter seu desempenho melhorado. 
Bike 27,5: No início ficaram restritas a modelos de Enduro e All Mountain, porém, já se vê algumas fábricas investindo em 27,5 para maratona e Cross-country, na tentativa de se diferenciar no mercado e instigar o público consumidor. Ainda não comercializamos esses modelos de bike, elas são uma incógnita para nós. Nosso público de All Mountain e Enduro é muito restrito, talvez pela nossa geografia, já que essas modalidades são mais difundidas em locais que tem grandes montanhas e estrutura de teleféricos, como na Europa, por exemplo, mas nada nos impede de comercializar assim que as marcas que revendemos ter à disposição e o mercado estiver disposto a absorver.
Marcio Hideo Yasmitsu
gerente comercial da Julio Andó, de Maringá – PR, empresa importadora das bicicletas Rocky Mountain
Bike 26: Na linha Rocky Mountain 2014, as bicicletas 26 foram extintas para Cross-country. Somente a Flatline Park, para Downhill, continua sendo 26. Acredito que as bikes 26 continuarão a ter o seu espaço no mercado nacional, mais por motivos econômicos, não de desempenho.
Bike 29: As 29 deixaram de ser uma aposta para se tornarem parte importante do mercado brasileiro de MTB. Nas ruas já notamos que grande parte da frota de bicicletas de valor agregado já são 29, e as 26 perdem cada vez mais mercado no segmento médio e high end. Nas competições de XC as bicicletas 29 são muito competitivas.
Bike 27,5: Iniciamos as vendas das bicicletas Rocky Mountain aro 27,5 no mês de setembro, juntamente com a apresentação da linha na Eurobike, e os lojistas gostaram muito. No Brasil, existem peculiaridades de terreno e de condições que influenciam na escolha da bike pelo ciclistas, mas as bikes 27,5 vieram para ficar, prometendo disputar o gosto dos atletas e consumidores no próximo ano. Acredito que a preferência nacional vai ser o custo x benefício, a performance e a exclusividade nas bicicletas de preço médio. O mercado mundial mostrou indícios de que as bicicletas 27,5 serão parte importante da estratégia para os próximos anos e possíveis dominantes do segmento, como as 26 são hoje.
Adil Filoso
responsável por mídias sociais da Scott no Brasil, de Indaiatuba - SP
Bike 26: Em 2013, o número das mountain bikes equipadas com rodas 26 sofreu uma retração em relação a anos anteriores. 
Bike 29: Neste ano, a quantidade de mountain bikes 29 vendidas pela Scott no Brasil cresceu exponencialmente. É clara a tendência, confirmando que o consumidor de bikes de performance passou a enxergar as vantagens técnicas inerentes às rodas de maior diâmetro. O número de bikes 29 nas principais provas do mountain biking brasileiro e nas próprias lojas é prova da grande aceitação do formato no mercado nacional. 
Bike 27,5: com protótipos em desenvolvimento desde 2011, e o primeiro modelo comercial de 27,5 lançado em meados deste ano, a Scott, apoiada por uma excelente equipe de engenheiros e grandes pilotos, já se destaca no segmento. Adicionalmente, o domínio competitivo de nossa estrela, Nino Schurter, piloto da equipe Scott-Swisspower que venceu praticamente tudo este ano a bordo de uma bike 27,5, gerou enorme interesse pelo formato intermediário que acreditamos reunir o melhor dos dois mundos, o balanço perfeito entre aceleração e transposição de obstáculos. A demanda pelas bikes 27,5 superou rapidamente nossas expectativas iniciais.

Bike 27,5: mais do que um “meio termo”

Assim como muitos comparativos foram feitos para mostrar as vantagens e desvantagens da bicicleta 29, também surgem comparativos entre as 27,5 com relação às bikes 26 e 29. Como é de se esperar, esse formato é defendido por otimizar os benefícios das bikes 29 ao mesmo tempo em que minimiza as suas desvantagens. Acompanhe alguns números que as grandes empresas estão usando para difundir a ideia e defender o novo formato.
Peso

Em testes comparativos o peso das bicicletas 27,5 ficou mais próximo das bicicletas 26. Enquanto as 27,5 são apenas 5% mais pesadas, em média, do que as 26, uma bike 29 é de 11 a 12% mais pesada do que uma 26. O peso maior gera perda de aceleração e capacidade de ascensão. Neste quesito, a bicicleta 29 perde para a bike 26, e a bike 27,5 também fica em desvantagem, porém, bem menor se comparada às 29.
Eficiência

Com um maior diâmetro da roda, o ângulo de ataque frente a um obstáculo diminui, o que representa uma vantagem na hora de transpor este obstáculo. Conforme os comparativos apresentados pelas grandes marcas, uma bike 29 tem um ângulo de ataque 6° menor do que uma bike 26; já a bike 27,5 possui um ângulo de ataque 4° menor do que a 26. Então, a bike 29 é mais eficiente do que a bike 26 e do que a 27,5 para transpor obstáculos, mas a diferença entre a 29 e a 27,5 é muito pequena.
Aceleração

Acelerar é mais fácil quando o peso de todo o conjunto é menor. Além disso, a distribuição do peso na própria roda facilita ou dificulta a aceleração: quanto mais distante o peso está distribuído do centro da roda, mais lenta é a aceleração. Ou seja, uma roda 29 com peso igual a uma roda 26 será mais lenta para acelerar devido ao seu tamanho e consequente distribuição do peso mais longe do centro do cubo. Nessa característica, vantagem para a bike 26: mas enquanto a bike 29 é cerca de 3,6% mais lenta, uma 27,5 é apenas 1,5% mais lenta.
Controle

Quanto maior a superfície de contato com o solo, melhor a tração e controle de freada, aceleração e manobra nas curvas. A bicicleta 29 tem a maior superfície de contato, mas a bicicleta 27,5 tem uma superfície muito parecida, enquanto a da bicicleta 26 é bem menor.
Rigidez


A rigidez está diretamente relacionada ao diâmetro da roda. Uma roda maior exige um quadro maior. Ou seja, um quadro de bike 29 com construção e geometria similar a uma bike 26 é menos rígido na área do movimento central e caixa de direção. Esse problema é muito menor em uma bike 27,5 do que em uma bike 29.

Conclusão 



O importante, no final das contas, é que o mountain bike continue em evidência, crescendo e trazendo mais pessoas para pedalar. Conforme afirma José Marcos Silveira, da Multibike, de Ribeirão Preto – SP, “em minha opinião, antes de comprar uma bike com esse ou aquele aro, o consumidor deve levar em conta o seu estilo de pilotagem, terrenos a serem percorridos e objetivos de pedal. Essas ainda são as peças mais importantes desse quebra- cabeça. O mountain bike está na moda e toda essa discussão com relação ao diâmetro das rodas é normal. Nem sempre o cliente que pede uma 26, 27,5 ou 29 deveria de fato utilizar tal bicicleta. Ao escolher uma bike, o consumidor deveria considerar realizar um bike fit e escolher o tamanho certo de acordo com o seu biótipo; experimentar sempre mais de um modelo para definir o investimento – que se encaixe no seu orçamento; e por último, escolher o tamanho de roda segundo sua experiência. Começar pelo tamanho da roda seguramente é um erro, afinal de contas, esse não é o fator decisivo para determinar a qualidade da rodagem da bike: há muito mais para ser considerado”. 
Isso é um fato. Você não compra um calçado apenas por causa do número: são avaliados vários itens, como a finalidade para o qual será utilizado e a qualidade do material com que é feito, e principalmente, você testa o calçado, coloca no pé e experimenta para ver se ficou confortável. A grande maioria dos que hoje são entusiastas das 29, a princípio a rejeitaram. Mas depois de pedalar em uma... Tudo mudou. É claro que não adianta só dar uma voltinha ao redor da quadra da loja: tem que pegar o estradão para ver a diferença. O leque de opções está aberto.

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