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30 de mar. de 2015

Primeiras Impressões | Suspensão Invertida RockShox RS-1

Olá galera. Como vocês acompanharam, na semana passada eu recebi da Specialized Brasil e da Pedal Urbano uma Epic S-Works 2015 equipada com a suspensão RS-1 da RockShox.





















Já realizei 4 pedais na nova bike, em trilhas com praticamente todas as situações possíveis do Mountain Bike, descidas bastante técnicas, subidas longas, subidas técnicas, descidas rápidas de estradão, lama, estradão plano de alta velocidade, cascalhos solto e etc, pedalando um total de 138,8km com a bike.
Vou restringir esse texto aos comentários sobre a nova suspensão, posteriormente farei um post sobre a bike como um todo. Ok? Vamos lá!
Primeiros testes e opiniões
Nesses primeiros pedais, tentei prestar bastante atenção da diferença de sensação e performance entre utilizar uma suspensão comum, com a suspensão invertida. E por mais que tem muito “gênio da internet” ai falando que isso é tudo “Marketing”, a diferença da suspensão para uma suspensão normal é bem significativa.
Em um primeiro momento, achei a suspensão meio estranha. A frente da bicicleta fica mais dura, mais rígida, então você tem a impressão de que a suspensão está com muito ar. Mas é só uma sensação mesmo. Com o tempo, você vai se acostumando com essa rigidez maior e consegue perceber como a leitura de terreno da suspensão é impressionante.

Para ter mais embasamento para escrever essa análise, emprestei a bike para vários amigos durante as trilhas, para que eles percorressem trechos da trilha testando a suspensão. Foram no total 6 amigos, com diferentes níveis técnicos, entre eles Marconi Cabeleira e Frederico Vieira do Downhill.
A sensação que eles tiveram foi muito parecida com a minha. A frente da bike é “dura”, mas a leitura é do terreno é excelente. O Marcelo Frossard, um dos que testou a suspensão fez uma analogia que eu gostei muito: “Parece que você está em uma Speed, sobre um colchão de ar”. E parece mesmo. A frente da bike tem a rigidez de uma speed, só que no final do garfo tem 100mm de curso para absorver os impactos.

























E pelo que já lí sobre o assunto, a proposta da suspensão invertida é justamente essa. Levar a zona de absorção de impacto para longe da caixa de direção, para conseguir fortalecer a parte de cima do garfo, com uma estrutura de carbono extremamente resistente, evitando que ela se flexione para trás e para frente, melhorando a leitura do terreno, que é feita somente para cima e para baixo.
Curvas e impactos maiores
Nas curvas, a frente da bicicleta também trabalha muito pouco e o eixo gigantesco de 27mm da roda dianteira, deixa a estrutura toda muito forte, dando uma dirigibilidade fantástica para a bicicleta. Torção lateral é praticamente inexistente.
É muito interessante também a capacidade que ela tem de absorver impactos maiores com uma controle muito grande. Você consegue descer drops grandes de pedra com uma capacidade bem maior de controlar a frente da bike com muito menos esforço e a sensação da impacto no corpo é beeeeem menor.





Trava
Como a minha bike é da Specialized, a suspensão vem com o “Brain”, que é um sistema de suspensão inteligente que analisa de onde vem a força. Se você tiver fazendo força em cima da bike, a suspensão se trava, transferindo melhor a força para os pedais. Se o impacto vier do chão, uma válvula inercial libera o sistema hidráulico e o amortecedor funciona.
Eu sempre fui apaixonado por esse sistema automático e inteligente. Você simplesmente esquece e deixa a bike pensar por você. Essa nova suspensão trabalha de uma forma um pouco mais suave. O Frederico Vieira, que é piloto de Downhill e amigo meu, deu uma volta na bike e concordou comigo. No modelo antigo, você conseguia sentir quando o Brain liberava a trava a suspensão funcionava. Nessa nova suspensão isso é mais suave e imperceptível. O que é bom, deixa o sistema mais preciso.
Proteção e limpeza das hastes da suspensão
Já lí MUUUUUITOS comentários de pessoas falando que tem medo de duas coisas: 1 – Alguma pedra bater na haste da suspensão e estraga-la. 2 – De sujeira entrar pela parte de baixo da suspensão e danificar ou dar muita manutenção a ela.















1 – Depois de alguns dias usando a suspensão, já fica bem claro que as duas preocupações não fazem muito sentido. Sobre o problema dos impactos nas pedras, é muito difícil de algo acertar a suspensão no centro da roda. Querendo ou não, o pneu, o aro, os raios e o disco oferecem uma proteção para a suspensão.

Por exemplo, com que frequência você vê um freio a disco quebrado? E as chances da suspensão ser acertada é menor ainda do que do disco ser acertado, uma vez que o disco ocupa um espaço abaixo do centro da roda, o que não acontece com a suspensão, ela fica do centro da roda para cima.
Sobre o risco de você cair de lado e bater em uma pedra, acredito que a chance de acertar a canela da suspensão no meio da roda, seja a mesma, ou até menor do que na parte de cima do garfo. Então, como disse o representante do site Pink Bike, quando testou a suspensão. “Estou mais preocupado com uma invasão alienígena do que com arranhar a canela dessa suspensão”.
2 – Sobre a sujeira, na primeira pedalada na lama, você entende porque não precisa se preocupar. O local onde a roda da bike mais joga sujeira é no downtube do quadro, na parte debaixo da caixa de direção e na coroa da suspensão (caso tenha uma suspensão convencional). A parte do cubo da roda e do curso da suspensão, no caso da suspensão invertida, ficam extremamente limpos.
Em todos os pedais que fiz com a minha suspensão antiga (convencionais) os retentores da suspensão ficavam bastante sujos, nessa suspensão nova, eles ficam quase que totalmente limpos. Nas fotos abaixo dá para ter uma ideia do que estou falando.

Uma foto publicada por PraQuemPedala (@praquempedala) em

Uma foto publicada por PraQuemPedala (@praquempedala) em Outra coisa, é que a gravidade faz com que o retentores estejam sempre banhados com óleo, impedindo que com eles se ressequem e deixem detritos entrarem na suspensão.
Outra coisa, é que a gravidade faz com que o retentores estejam sempre banhados com óleo, impedindo que com eles se ressequem e deixem detritos entrarem na suspensão.
Resumo
Eu ainda não consegui achar nenhum ponto negativo dessa suspensão em relação a suspensão convencional. Até o momento, a considero uma evolução em todos os sentidos.
Vídeo sobre a nova suspensão


Treinos que realizei coma bike
A pedidos, Comparação com a Lefty, por Marconi Cabeleira.
Na Lefty eu sinto que a bike fica mais estável nas curvas de alta velocidade principalmente onde tem trepidações, pois a suspensão trabalha muito mais rápido o retorno, sempre lendo muito bem o terreno e deixando a bike mais aderente e firme no solo.  Na subida quando travo a suspensão é como se tivesse colocado um garfo rígido, isso é fantástico pois ajuda a subir mais rápido sem perder velocidade com as afundadas quando se pedala em pé. 
Na RS-1 Apesar de ter feito apenas uma descida, senti muita segurança na bike como um todo, e achei a suspensão muito boa na leitura do terreno, entrei em uma vala de cascalho de propósito para sentir a reação dela e me surpreendi como ela se comportou e saiu fácil da vala sem me passar nenhum susto, a resposta de reação passando por buracos também achei ótima, agora preciso testar em um trecho maior para ter mais opiniões, até comentei com o Henrique que é muito gostosa e confortável, tem que começar devagar pois a vontade que me deu foi de soltar mais os freios.

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