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3 de out. de 2014

De chuvas, tornados e dos cuidados que todos devem ter no trânsito

Com a chegada de outubro, voltaram as chuvas ao Distrito Federal. O deserto em que Brasília se torna de abril a setembro dá lugar à cidade das tempestades repentinas. E nesse ano, até de tornados, como se viu ontem nas redondezas do aeroporto. Pode parecer repetitivo e inútil, mas é necessário lembrar sempre: é tempo de cuidado redobrado no trânsito. Para todos, motoristas, motoqueiros, ciclistas, pedestres, motoristas de transporte coletivo.


É sabido que as primeiras chuvas depois da longa estiagem soltam do asfalto o óleo que os carros soltam diariamente, deixando o asfalto extremamente deslizante, sem atrito. O perigo é o mesmo para quem está de carro, de moto ou de bicicleta. 

Além do mais, as poças formadas pelas chuvas nas bordas das pistas podem esconder buracos, bueiros com tampa quebrada, pedras, pedaços de madeira ou vidro e muitas outras sujidades que, para o ciclista, podem ser causadores de graves acidentes. Podem, também, causar a conhecida aquaplanagem, situação em que o excesso de água faz com que a roda do veículo perca atrito com o solo, o que tira do condutor o controle do carro. Se com controle do carro já há perigo suficiente, que dirá um automóvel descontrolado, sem possibilidade de desviar ou frear ao se aproximar de uma bicicleta, por exemplo.

Durante chuvas muito fortes, a visão dos motoristas diminui consideravelmente. Para-brisas com muita água, limpadores em mau estado, lanternas e luzes refletindo aqui e ali. Nessas condições, o ciclista deve evitar ao máximo pedalar pelas ruas e avenidas da cidade, preferindo, sempre que possível, pedalar com vagar pelas ciclovias. E redobrar o cuidado com a visibilidade, não esquecendo de conferir o funcionamento das lanternas dianteiras e traseiras, que devem ser usadas de dia ou de noite. É bom ver se não é hora de fazer uma revisão na bike, para garantir o perfeito funcionamento dos freios e se certificar de que os pneus não estão precisando ser trocados.

Ventos fortes também são um perigo para ciclistas. Mesmo que rápidas, as alterações de direção causadas por rajadas repentinas de ar podem desequilibrar o ciclista e causar acidentes sérios - seja uma queda ou o choque com algum veículo que transita na pista.

Pistas e áreas alagadas, então - outra situação infelizmente bastante comum nesse período de chuvas que se inicia -, são totalmente proibidas para ciclistas. Pedalar sem ver o chão por onde anda é um risco incalculável e desnecessário. Nessas situações, o mais correto é descer da bike e empurrá-la até um lugar mais seguro para pedalar ou esperar a chuva diminuir. 

Previsão e feeling

No começo da temporada de chuvas, o ideal mesmo é o planejar bem os dias de pedal, seja para mobilidade urbana, lazer, trilhas ou atividades cotidianas. Ficar atento para a previsão meteorológica divulgada pelos veículos de comunicação, deixar seu feeling perceber como pode ser cada dia que começa. 

Mas com muito cuidado, porque Brasília é assim mesmo - há dias que começam com sol brilhando e poucas nuvens no horizonte, mas que trazem pancadas de chuva, temporais assustadores no decorrer do dia, do meio da tarde para o comecinho da noite, para de noite o dia acabar com pistas molhadas, mas sem chuva caindo.


E não há nada pior e mais perigoso do que ser pego de surpresa, no meio da rua, por uma tempestade repentina. Então, na dúvida e se o dia for longo, daqueles que você sai cedo de casa e só volta à noite, não deixe de pensar em opções de mobilidade como carona solidária, ônibus ou metrô...

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